Pós-operatório de Cirurgia Plástica estética e reconstrutiva, Cirurgia Vascular e Cesariana
O tratamento pós-operatório inicia de três a sete dias após a cirurgia. De acordo com a avaliação fisioterapêutica inicial, será decidido quais ferramentas da Fisioterapia vão ser utilizadas nos atendimentos.
O foco nesta etapa é restabelecer ou preservar funções, além de aliviar dores, desconfortos, inchaços, fibroses e aderências causadas pela cirurgia. Dentre as técnicas, ferramentas e conceitos que podem ser utilizadas estão:
LIBERAÇÃO TECIDUAL FUNCIONAL (LTF®)
A Liberação tecidual funcional (LTF®) é uma estratégia de tratamento manual específica para fibroses, aderências e cicatrizes. Desenvolvida pela Dra. Mariane Altomare, ela adapta diversas técnicas da terapia manual ortopédica de forma segura para que sejam aplicadas em pacientes operados.
Importante saber:
- A LTF® não deve ser utilizada com equipamentos que estimulem o processo de cicatrização, como Ultrassom, Radiofrequência, Ventosa, Carboxiterapia ou manobras vigorosas, pois podem piorar o quadro da fibrose.
- Não pode provocar dor ou grandes desconfortos.
- Não utiliza protocolos prontos e engessados: o paciente é reavaliado a cada atendimento.
- Não necessita múltiplos atendimentos ou pacotes. O número de atendimentos fica em torno de três a oito.
Para saber mais e buscar um profissional credenciado, acesse www.liberacaotecidualfuncional.com.br
BANDAGEM ELÁSTICA CONTENSIVA (TAPING)
A utilização da bandagem em qualquer tipo de cirurgia traz grandes benefícios. Ela causa uma ação mecânica contensiva nos tecidos descolados ou onde foi retirada gordura, gera conforto e alivia a dor no pós-operatório.
O objetivo é reduzir a área entre a pele e músculo, para assim minimizar as intercorrências no pós-operatório, como: fibrose, edema (inchaço), equimose (roxo), hematoma (bolsa de sangue acumulado e que deve ser puncionado pelo cirurgião) e seroma (líquido acumulado e que deve ser puncionado pelo cirurgião).
Atenção: Recomenda-se a aplicação imediata após a cirurgia, ainda no bloco cirúrgico, por ter maior ação nessa fase aguda (intraoperatório). A utilização em pós-operatório é feita apenas em casos específicos.
CONCEITO MULLIGAN®
O conceito é um método de terapia manual utilizado na avaliação e tratamento de pacientes com disfunção neuromioarticular, ou seja, de nervos, músculos e articulações. Auxilia na eliminação imediata da dor ou da limitação de movimento promovendo, assim, mais funcionalidade.
Para saber mais, acesse: https://www.mulliganconcept.net/about
DRENAGEM LINFÁTICA
A drenagem linfática é uma técnica de massagem que consiste em um conjunto de manobras específicas que atuam sobre o sistema linfático para aumentar a velocidade e o volume da linfa.
Ao favorecer o aumento da oxigenação dos tecidos e a eliminação de toxinas, a drenagem linfática ajuda assim na redução do edema (inchaço). Ela não deve doer ou gerar desconfortos.
Atenção: Em uma cirurgia o sistema linfático é rompido, e a linfangiogênese (formação de novos capilares linfáticos) só acontece a partir do 14º dia de pós-operatório. Então, nesse período a drenagem não é a melhor ferramenta a ser utilizada na região operada.
EXERCÍCIO TERAPÊUTICO
Além de ser analgésico, o exercício terapêutico de forma orientada preserva e devolve a funcionalidade ao corpo. Respeitando cada tipo de cirurgia e seus limites, faz que o corpo retorne a se movimentar de forma natural após uma cirurgia plástica.
Atenção: Em caso de fibrose, não devemos alongar ou tensionar o local. Existem exercícios específicos que podem ser orientados pelo Fisioterapeuta sem gerar piora do quadro.
LED ou LASER
A fotobiomodulação (LED ou LASER) é um excelente recurso, que auxilia no processo de cicatrização ao aumentar a força tênsil da cicatriz, ajudando na prevenção de deiscências e necroses.
Também pode ser utilizada em feridas infectadas, pois o LED azul, por exemplo, é bactericida e fungicida. Ele deve ser associado com outros recursos da Fisioterapia para auxílio da cicatrização plena.